TĂtulo: A Coragem de NĂŁo Agradar
Autores: Ichiro Kishimi e Fumitake Koga
Ano de publicação: 2013
TĂtulo original: ć«ăăăćæ° (The Courage to Be Disliked)
Em A Coragem de NĂŁo Agradar, o filĂłsofo Ichiro Kishimi e o escritor Fumitake Koga apresentam uma poderosa introdução Ă psicologia adleriana â uma abordagem centrada na liberdade, responsabilidade e significado da vida. Por meio de um diĂĄlogo instigante entre um jovem cĂ©tico e um filĂłsofo experiente, os autores exploram como podemos libertar-nos das amarras da aprovação externa e viver de forma autĂȘntica e intencional.
O livro quebra paradigmas comuns da psicologia moderna ao afirmar que traumas nĂŁo determinam nosso futuro, que toda insatisfação nasce da comparação, e que a chave da felicidade estĂĄ em se sentir Ăștil ao outro, sem perder a si mesmo.
VocĂȘ escolhe como vive A base do pensamento adleriano Ă© que nĂŁo somos determinados pelo passado, mas sim por metas que escolhemos inconscientemente no presente. Somos livres para mudar.
Problemas sĂŁo sempre problemas de relacionamento Segundo Adler, a maioria das dores humanas decorre de relaçÔes mal resolvidas â e de nossa constante busca por validação e status.
A busca por reconhecimento Ă© uma prisĂŁo Viver para agradar os outros nos afasta de quem realmente somos. A verdadeira liberdade começa quando temos a coragem de sermos rejeitados â sem ressentimento ou arrogĂąncia.
Separação de tarefas Um dos conceitos mais poderosos do livro: respeitar o que é tarefa do outro. Quando paramos de tentar controlar o que estå fora do nosso alcance, sentimos leveza e paz.
A felicidade vem de contribuir Ao invĂ©s de buscar sucesso ou fama, Adler propĂ”e que sejamos Ășteis â contribuindo com autenticidade nas relaçÔes humanas e nos cĂrculos que pertencemos.
A estrutura de diĂĄlogo lembra os textos clĂĄssicos de PlatĂŁo, o que torna a leitura fluida e filosĂłfica. O jovem representa nossas dĂșvidas modernas, enquanto o filĂłsofo oferece respostas provocativas e transformadoras. NĂŁo Ă© um livro de autoajuda tradicional â Ă© uma obra de ideias, que estimula o pensamento e confronta crenças profundamente enraizadas.
A Coragem de NĂŁo Agradar Ă© uma leitura provocadora, que oferece um mapa para quem deseja viver com mais autenticidade, sem o peso da aprovação alheia. Ă um chamado Ă liberdade emocional, Ă responsabilidade pessoal e ao exercĂcio diĂĄrio da coragem â nĂŁo a coragem de confrontar os outros, mas de encarar a si mesmo. Um livro essencial para quem busca amadurecimento, autonomia e uma vida com mais propĂłsito.
CapĂtulo Lido:
No primeiro grande diĂĄlogo entre o Jovem e o FilĂłsofo, entramos no cerne da proposta adleriana: o ser humano nĂŁo Ă© determinado pelo passado. O capĂtulo confronta a crença de que traumas moldam nosso destino, afirmando que a vida Ă© decidida no presente â aqui e agora. Para Adler, nĂŁo importa o que aconteceu, mas com que objetivo vocĂȘ vive hoje. O passado sĂł tem poder quando serve como desculpa para evitar a mudança.
Esse capĂtulo nos convida a uma responsabilidade radical: vocĂȘ escolhe sua infelicidade, sua raiva, seu medo. As emoçÔes nĂŁo sĂŁo reaçÔes automĂĄticas, mas decisĂ”es inconscientes que cumprem metas. Negar o trauma, nesse contexto, nĂŁo Ă© desprezar a dor â Ă© romper com a crença de que ele Ă© um obstĂĄculo absoluto.
O "terceiro gigante" desconhecido Adler Ă© apresentado como um pensador Ă altura de Freud e Jung, mas ainda pouco reconhecido. Sua proposta Ă© simples e revolucionĂĄria: nĂŁo somos moldados por causas passadas, mas por finalidades atuais.
Por que as pessoas podem mudar Porque nĂŁo estĂŁo presas ao que viveram. A mudança começa quando se abandona a narrativa de vĂtima e se aceita a liberdade de escolha.
O trauma nĂŁo existe (como causa determinante) Adler nĂŁo nega que a dor aconteceu, mas questiona sua autoridade. O trauma, diz ele, Ă© a desculpa perfeita para nĂŁo enfrentar o presente.
As pessoas criam a prĂłpria raiva Raiva nĂŁo Ă© uma reação. Ă uma ferramenta. Usamos raiva para atingir certos objetivos â impor, defender, evitar. E por isso, ela pode ser evitada.
Como viver sem ser controlado pelo passado Parando de culpar e começando a assumir responsabilidade. O passado Ă© imutĂĄvel â mas o sentido que damos a ele pode ser recriado.
SĂłcrates e Adler Ambos acreditavam que a transformação humana passa pelo autoconhecimento. Mas Adler avança ao dizer: vocĂȘ nĂŁo precisa entender todo o passado, precisa apenas decidir o que quer construir no agora.
VocĂȘ estĂĄ bem do jeito que estĂĄ? A ideia de que âvocĂȘ estĂĄ bem assimâ pode ser um convite ao conformismo. Adler propĂ”e: vocĂȘ estĂĄ sempre em movimento â e pode escolher o rumo.
A infelicidade Ă© algo que vocĂȘ escolhe para si A dor Ă© real, mas a permanĂȘncia nela pode ser uma escolha. Muitas vezes, permanecer infeliz Ă© mais seguro do que enfrentar a mudança.
As pessoas sempre optam por não mudar Porque mudar då trabalho. Porque mudar exige abdicar de desculpas. Mas o preço da estagnação é maior: viver uma vida que não foi escolhida, apenas repetida.
Sua vida Ă© decidida aqui e agora Essa Ă© a chave do pensamento adleriano: o futuro nĂŁo Ă© continuação do passado. Ele começa quando vocĂȘ decide sair do ciclo â e agir no presente.
VocĂȘ estĂĄ explicando sua vida⊠ou escolhendo sua vida? Quais emoçÔes vocĂȘ vem usando como desculpa para nĂŁo avançar?
â Identifique uma dor antiga que ainda justifica um comportamento atual.
â Reescreva mentalmente essa justificativa com uma nova decisĂŁo.
â Afirme para si: "Minha vida Ă© decidida aqui e agora. E eu escolho ir adiante."
CapĂtulo Lido:
No segundo encontro, o diĂĄlogo entre o Jovem e o FilĂłsofo revela uma tese provocadora: todo sofrimento humano nasce dos relacionamentos interpessoais. Para Adler, nĂŁo Ă© o mundo em si que nos fere â sĂŁo as comparaçÔes, as expectativas e os jogos de poder que estabelecemos com os outros.
A leitura de hoje nos leva a confrontar sentimentos de inferioridade, arrogĂąncia disfarçada, medo da rejeição e a compulsĂŁo por agradar. O filĂłsofo mostra como criamos mĂĄscaras sociais para nos proteger da dor da comparação â e acabamos presos Ă mentira da aparĂȘncia e da validação externa.
O capĂtulo Ă© um chamado Ă prĂĄtica: a vida nĂŁo Ă© uma competição, e viver bem exige que deixemos de competir, de manipular e de depender do olhar alheio.
Por que vocĂȘ nĂŁo gosta de si mesmo NĂŁo Ă© por quem vocĂȘ Ă© â mas porque se compara com os outros. A autocrĂtica nasce da comparação, nĂŁo da essĂȘncia. A raiz do autojulgamento Ă© sempre relacional.
Todos os problemas tĂȘm base nos relacionamentos interpessoais Sejam traumas, inseguranças ou ansiedade â tudo se relaciona Ă forma como nos colocamos diante do outro. A cura passa por mudar essa posição.
Sentimentos de inferioridade são pressupostos subjetivos Inferioridade não é um fato, é uma percepção. E essa percepção pode ser reconfigurada.
Complexo de inferioridade Ă© apenas uma desculpa Sentir-se inferior nĂŁo Ă© o problema â o problema Ă© usar isso como justificativa para nĂŁo tentar, nĂŁo agir ou nĂŁo mudar.
Os arrogantes tĂȘm sentimentos de inferioridade Aqueles que se colocam acima dos outros, muitas vezes, estĂŁo mascarando uma ferida de se sentirem menores.
A vida não é uma competição Competir é viver preso ao olhar do outro. A cooperação, por outro lado, nos liberta para contribuir com autenticidade.
SĂł vocĂȘ se preocupa com sua aparĂȘncia A obsessĂŁo com a prĂłpria imagem vem da ilusĂŁo de que os outros estĂŁo nos julgando o tempo todo. Mas a verdade Ă©: ninguĂ©m te observa tanto quanto vocĂȘ.
Da luta pelo poder à vingança Quando não conseguimos aceitação, buscamos dominar. Quando não conseguimos dominar, sentimos ódio. E o ciclo da dor se repete.
Admitir o erro nĂŁo Ă© derrota Errar Ă© parte da vida. Reconhecer isso e seguir em frente Ă© sinal de coragem, nĂŁo de fraqueza.
Cumprindo as tarefas da vida Relacionamentos, trabalho e comunidade. Adler chama essas ĂĄreas de "tarefas da vida" â e viver bem Ă© enfrentĂĄ-las com honestidade e presença.
CordĂŁo vermelho e correntes rĂgidas O amor verdadeiro Ă© liberdade, nĂŁo prisĂŁo. Laços afetivos devem ser leves como cordĂ”es vermelhos, nĂŁo grilhĂ”es que sufocam.
NĂŁo se deixe seduzir pela 'mentira da vida' A ilusĂŁo de que precisamos vencer, ser admirados ou possuir para sermos felizes Ă© a grande mentira. A verdade estĂĄ no ser, nĂŁo no ter.
Da psicologia da posse Ă psicologia da prĂĄtica Em vez de acumular status, prĂĄticas, prĂȘmios ou validaçÔes, o foco deve estar na ação vivida. Ă o que se faz, nĂŁo o que se mostra.
â Toda dor emocional se manifesta nos vĂnculos â ou na falta deles.
â A inferioridade Ă© uma lente, nĂŁo uma sentença.
â Viver para ser admirado Ă© o mesmo que viver escravizado.
â RelaçÔes saudĂĄveis exigem liberdade, nĂŁo controle.
â Sua prĂĄtica vale mais que sua aparĂȘncia.
Quais relaçÔes suas hoje estĂŁo baseadas em aparĂȘncia, controle ou comparação? VocĂȘ estĂĄ competindo com alguĂ©m â ou apenas tentando ser visto?
â Observe sua reação diante de um erro: vocĂȘ se justifica, esconde ou acolhe?
â Faça algo hoje que fortaleça um vĂnculo real, sem desejar retorno.
â Pratique o amor como liberdade â nĂŁo como exigĂȘncia.
CapĂtulo lido
Neste capĂtulo, o mestre continua desafiando o jovem a romper com os padrĂ”es que escravizam sua mente â especialmente a dependĂȘncia da aprovação dos outros. A principal chave apresentada Ă© o conceito de âseparação de tarefasâ. Muitas das frustraçÔes, ressentimentos e conflitos interpessoais nascem quando assumimos tarefas que nĂŁo sĂŁo nossas â ou esperamos que os outros cumpram expectativas que tambĂ©m nĂŁo sĂŁo deles.
Viver para agradar os outros Ă© viver em cativeiro. SĂł Ă© verdadeiramente livre quem aprende a discernir: đ O que depende de mim đ O que pertence ao outro
Ao identificar que algo nĂŁo Ă© sua responsabilidade, vocĂȘ precisa aprender a dizer ânĂŁoâ com respeito e clareza. Descartar o que nĂŁo Ă© seu Ă© libertador.
Buscar reconhecimento constantemente é uma prisão disfarçada de validação. Quem vive em função da aprovação externa, perde o controle da própria vida.
A expectativa do outro Ă© responsabilidade dele â nĂŁo sua. Viver tentando corresponder Ă s projeçÔes alheias Ă© um desgaste que esvazia a identidade.
Antes de agir ou se preocupar, pergunte: âDe quem Ă© essa tarefa?â Se a consequĂȘncia de uma ação recai sobre outra pessoa, entĂŁo essa tarefa Ă© dela â e vocĂȘ precisa soltar.
Muitos conflitos se dissolvem quando paramos de invadir o território emocional do outro e começamos a agir com autonomia e responsabilidade pessoal.
Em vez de tentar desatar problemas complexos de forma emocional, corte com decisÔes conscientes. Libertar-se é um ato de escolha.
A busca por ser visto, valorizado ou elogiado transforma vocĂȘ em refĂ©m da opiniĂŁo pĂșblica. Liberdade começa quando vocĂȘ age por convicção, nĂŁo por aplauso.
Liberdade é viver de acordo com seus valores, assumindo suas próprias tarefas e permitindo que os outros façam o mesmo, sem controle, culpa ou manipulação.
Quando vocĂȘ deixa de tentar agradar, e passa a se posicionar com autenticidade e leveza, os relacionamentos mudam. VocĂȘ passa a liderar, sem dominar.
â Separar tarefas Ă© o primeiro passo para a liberdade emocional
â Dizer ânĂŁoâ nĂŁo Ă© egoĂsmo â Ă© maturidade
â O desejo de agradar prende, enquanto o desejo de ser autĂȘntico liberta
â Assumir apenas o que Ă© seu diminui o peso da vida
â Relacionamentos saudĂĄveis nascem de fronteiras claras
A busca por reconhecimento Ă© uma forma de escravidĂŁo emocional. Enquanto vocĂȘ depender da validação externa, nunca serĂĄ livre para viver sua verdade.
Separar tarefas Ă© maturidade relacional. Quando vocĂȘ entende o que Ă© seu e o que pertence ao outro, conflitos se dissolvem e a energia se reorganiza.
Relacionamentos verdadeiros exigem limites claros. Dizer ânĂŁoâ pode parecer duro no começo, mas Ă© um dos maiores atos de amor prĂłprio e respeito mĂștuo.
Quem vive para agradar, se perde de si. A cada sim que vocĂȘ dĂĄ para agradar alguĂ©m, sem estar alinhado com seus valores, vocĂȘ diz um ânĂŁoâ para sua prĂłpria integridade.
âš Liberdade nĂŁo Ă© fazer o que quiser â Ă© saber o que nĂŁo Ă© mais seu para carregar.
Liste 3 situaçÔes ou relaçÔes em que vocĂȘ estĂĄ assumindo tarefas que nĂŁo sĂŁo suas. Identifique-as com clareza e escreva o que vocĂȘ pode começar a soltar, sem culpa.
Pratique dizer ânĂŁoâ de forma respeitosa. Em pelo menos uma situação hoje, treine estabelecer uma fronteira clara. Diga com firmeza e gentileza: âIsso nĂŁo Ă© minha responsabilidade.â
Observe sua fala. Toda vez que for dizer âsimâ para algo hoje, pergunte a si mesmo: Estou fazendo isso por convicção ou para agradar alguĂ©m? Se for para agradar, experimente dizer ânĂŁoâ â ou reformular sua resposta com autenticidade.
CapĂtulo: lido:
Neste quarto diĂĄlogo, o FilĂłsofo conduz o Jovem a um ponto de virada essencial: o sofrimento humano nĂŁo cessa quando se conquista reconhecimento, mas quando se abandona a ilusĂŁo de ser o centro do mundo. Enquanto permanecermos presos Ă necessidade de sermos especiais â elogiados, destacados, elencados como os melhores â estaremos sempre comparando, competindo e, portanto, sofrendo.
A proposta de Adler, apresentada neste capĂtulo, Ă© transitar da psicologia da posse para a psicologia da prĂĄtica. Em vez de buscarmos ter valor, somos chamados a viver com valor: contribuindo, encorajando e existindo no presente. O foco nĂŁo estĂĄ mais em impressionar, mas em integrar-se a uma comunidade, fazendo parte ativamente dela.
A felicidade, segundo o Filósofo, nasce da sensação de pertencimento e da capacidade de encorajar a si e aos outros. O elogio, por mais bem-intencionado que pareça, ainda reforça a hierarquia, enquanto o encorajamento liberta.
Viver bem, portanto, Ă© aceitar que vocĂȘ nĂŁo Ă© o centro â mas Ă© parte essencial do todo. E que sua existĂȘncia ganha sentido quando se move em direção Ă contribuição, nĂŁo Ă validação.
Psicologia individual e holismo Adler propĂ”e que cada indivĂduo Ă© um ser completo, mas parte de um todo. A cura e o bem-estar nĂŁo estĂŁo no isolamento, mas na integração com a comunidade.
A meta dos relacionamentos interpessoais Ă© a sensação de comunidade NĂŁo Ă© sobre ser amado ou elogiado â Ă© sobre contribuir. Felicidade genuĂna vem do sentimento de ser Ăștil ao coletivo.
Por que só me interesso por mim mesmo? Porque fomos educados para competir, buscar destaque e aprovação. Esse foco excessivo em si é o que causa solidão e sofrimento.
VocĂȘ nĂŁo Ă© o centro do mundo Essa nĂŁo Ă© uma ofensa, mas uma libertação. NĂŁo ser o centro significa que vocĂȘ nĂŁo precisa sustentar o mundo â nem carregar o peso de agradar a todos.
Ouça a voz de uma comunidade maior Quando saĂmos da bolha do âeuâ, conseguimos escutar a necessidade dos outros â e responder com empatia e ação.
NĂŁo repreenda nem elogie CrĂticas e elogios aprisionam, pois criam dependĂȘncia do olhar alheio. Em vez disso, o foco deve estar no encorajamento, que valoriza o esforço e a intenção.
A abordagem do encorajamento Ao encorajar, mostramos ao outro que ele é capaz. E ao encorajarmos a nós mesmos, ativamos a força para tentar, errar e continuar.
Como sentir que vocĂȘ tem valor Quando vocĂȘ contribui. Quando serve. Quando age com consciĂȘncia. O valor Ă© algo que se vive, nĂŁo que se conquista por aplauso.
Exista no presente O passado e o futuro nos distraem. A ação com propĂłsito sĂł acontece agora â no instante em que se age, nĂŁo se idealiza.
As pessoas nĂŁo conseguem usar o eu apropriadamente Porque confundem âser euâ com âser especialâ. Mas o verdadeiro eu nĂŁo quer destaque â quer propĂłsito. Ele floresce quando se entrega.
â Seu valor estĂĄ no que vocĂȘ entrega, nĂŁo no que esperam de vocĂȘ.
â Encorajar Ă© melhor que elogiar â porque ativa a autonomia, nĂŁo a dependĂȘncia.
â A felicidade vem da sensação de pertencer e contribuir.
â Sair do centro do mundo Ă© o caminho para viver com leveza.
â VocĂȘ Ă© Ășnico â mas nĂŁo estĂĄ sozinho.
Hoje, vocĂȘ estĂĄ agindo mais para ser admirado ou para contribuir? Qual foi a Ășltima vez que encorajou alguĂ©m â sem esperar reconhecimento?
â Pratique o encorajamento com alguĂ©m prĂłximo: valorize o esforço, nĂŁo o resultado.
â Observe uma atitude sua feita apenas por validação â e transforme-a em entrega verdadeira.
â Escreva uma frase de encorajamento para si mesmo e leia em voz alta.
CapĂtulo lido:
No Ășltimo encontro entre o Jovem e o FilĂłsofo, somos conduzidos Ă ideia mais libertadora de toda a jornada: a vida sĂł pode ser plenamente vivida no presente â aqui e agora. Todo desejo de controle, toda busca por garantias, toda necessidade de âser especialâ nos arrasta para fora do momento presente e nos desconecta da alegria autĂȘntica.
Neste capĂtulo, o FilĂłsofo confronta a mentalidade baseada em conquistas futuras, status social e destaque pessoal. Para Adler, isso tudo faz parte da "maior mentira da vida": a crença de que a felicidade estĂĄ em algum lugar depois da meta, da vitĂłria, do reconhecimento.
A proposta Ă© outra: viver com coragem, simplicidade e intenção. Ter a ousadia de ser âapenasâ uma pessoa comum â mas que contribui, que estĂĄ presente, que vive com significado. Assim como uma dança nĂŁo tem um âobjetivo finalâ, a vida tambĂ©m precisa ser desfrutada no movimento, no instante, no gesto que Ă© feito agora.
A felicidade, segundo Adler, nĂŁo Ă© um prĂȘmio â Ă© um estado que construĂmos quando aceitamos a realidade e decidimos vivĂȘ-la com propĂłsito.
A autoconsciĂȘncia excessiva sufoca o eu Pensar demais sobre si, medir cada gesto, interpretar cada olhar â tudo isso paralisa. A liberdade começa quando saĂmos da obsessĂŁo por nĂłs mesmos.
Autoafirmação nĂŁo, autoaceitação sim Forçar uma imagem forte Ă© uma forma de compensar insegurança. A verdadeira força nasce da aceitação plena de quem se Ă© â com limites e potĂȘncia.
A diferença entre garantia e confiança Muitos buscam garantias antes de agir. Mas confiança Ă© decidir mesmo sem ter todas as certezas. A vida nĂŁo oferece certezas â sĂł possibilidades.
A essĂȘncia do trabalho Ă© a contribuição para o bem comum Trabalhar nĂŁo Ă© sobre status, mas sobre servir. Quando contribuĂmos, sentimos pertencimento â e isso Ă© o que realmente preenche.
Os jovens caminham Ă frente dos velhos A juventude Ă© movimento, coragem, reinvenção. A tradição pode guiar, mas nĂŁo pode paralisar. O novo tem valor â mesmo sem experiĂȘncia.
A compulsĂŁo pelo trabalho Ă© uma mentira da vida Trabalhar atĂ© a exaustĂŁo nĂŁo Ă© nobre â Ă© fuga. A felicidade nĂŁo estĂĄ em produzir sem parar, mas em viver com propĂłsito e equilĂbrio.
VocĂȘ pode ser feliz agora NĂŁo Ă© preciso conquistar algo para merecer alegria. O presente contĂ©m tudo o que vocĂȘ precisa para começar a viver bem.
Dois caminhos trilhados pelos que querem se tornar âseres especiaisâ O primeiro Ă© se destacar, o segundo Ă© se esconder para nĂŁo falhar. Ambos nascem do medo de ser comum â e ambos aprisionam.
A coragem de ser normal Aceitar a normalidade Ă© libertador. NĂŁo ser o melhor nĂŁo significa ser insignificante. Ă aĂ que nasce a verdadeira paz.
A vida Ă© uma sĂ©rie de momentos NĂŁo espere pelo âgrande acontecimentoâ. A vida real Ă© feita de pequenos instantes â e quem nĂŁo os percebe, passa pela existĂȘncia dormindo.
Viva como se estivesse dançando A dança nĂŁo busca um objetivo final â ela Ă© vivida no movimento. A vida, para ser plena, precisa dessa mesma leveza e entrega.
Lance uma luz no aqui e agora Este Ă© o seu momento. Este Ă© o seu lugar. NĂŁo hĂĄ outro tempo para viver com sentido senĂŁo o agora.
A maior mentira da vida âA felicidade estĂĄ no futuro.â Essa ideia nos cansa, nos adia, nos esvazia. A felicidade, diz Adler, estĂĄ em viver com coragem e entrega, no instante presente.
DĂȘ sentido a uma vida aparentemente sem sentido Mesmo sem garantias, mesmo com dor, Ă© possĂvel criar significado. O sentido nĂŁo Ă© encontrado â Ă© construĂdo, momento a momento.
â Felicidade nĂŁo se conquista â se pratica.
â A busca por ser especial muitas vezes Ă© fuga do real.
â Contribuir vale mais que vencer.
â A simplicidade vivida com coragem Ă© revolução silenciosa.
â A vida nĂŁo acontece no futuro â ela sĂł existe no agora.
VocĂȘ estĂĄ esperando algo acontecer para ser feliz? Em que momentos do seu dia vocĂȘ consegue realmente viver â e nĂŁo apenas funcionar?
â Faça algo simples com presença total â sem celular, sem distração.
â Escreva uma frase afirmando o valor de sua vida normal.
â Encontre, no seu trabalho de hoje, uma forma de servir com propĂłsito.
A Coragem de NĂŁo Agradar Ă© mais do que um livro â Ă© um convite radical Ă liberdade interior. AtravĂ©s de um diĂĄlogo entre um jovem em busca de sentido e um filĂłsofo que segue os ensinamentos de Alfred Adler, os autores desconstruem muitas das certezas modernas que aprisionam o ser humano: a crença de que o passado nos define, de que o trauma determina quem somos, de que precisamos agradar a todos ou alcançar status para ter valor.
O ponto central da obra Ă© a responsabilidade radical: vocĂȘ Ă© livre â e por isso Ă© responsĂĄvel por tudo o que decide manter em sua vida. A infelicidade, o medo, a insegurança e atĂ© a raiva sĂŁo estratĂ©gias inconscientes que usamos para evitar o risco de mudar. A felicidade, por sua vez, estĂĄ acessĂvel agora â no momento em que se abandona a ilusĂŁo de controle, a sede de aprovação e a fuga da simplicidade.
"A vida Ă© decidida aqui e agora." â Alfred Adler
VocĂȘ estĂĄ vivendo sua vida â ou apenas tentando ser aceito por outras pessoas? Quais verdades vocĂȘ sustenta hoje apenas por medo de desagradar? Se a felicidade Ă© uma prĂĄtica no presente, o que vocĂȘ precisa parar de adiar?
â Escolha uma ĂĄrea da vida onde vocĂȘ estĂĄ tentando agradar mais do que viver com verdade.
â DĂȘ um passo concreto essa semana com coragem, mesmo que seja visto com estranhamento.
â Escreva: âEu escolho viver com coragem, nĂŁo com dependĂȘncia.â